Pesquisadores apontam novas concepções de avaliação
Avaliação das aprendizagens: construindo caminhos para a educação de qualidade. Esse foi o tema da mesa redonda realizada, na última sexta-feira (14/10), durante o Congresso Internacional Marista de Educação, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda/PE. Sob o tema “Educação de qualidade: sentidos, experiências e horizontes”, o evento reuniu mais de duas mil pessoas, no período de 11 a 14 de outubro.
Contribuíram com o debate a Jussara Hoffmann, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que abordou os Avanços em concepções e práticas de Avaliação, e Valderez Rosário, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), acerca da Avaliação: uma contínua reconstrução. A mesa foi coordenada por Cíntia Marques, da Província Marista Brasil Sul-Amazônia (PMBSA).
No diálogo com os educadores, Jussara disse que o professor deve ser consciente de que a avaliação interna aplicada pelas escolas não pode ser igual às avaliações externas, a exemplo do Enem e Enad. “Uma boa educação leva qualquer aluno a enfrentar bem prova classificatória”, afirmou a palestrante, ao apontar novos caminhos na concepção das avaliações. “Elas devem formar para a vida, valorizar as singularidades e a individualização das áreas do conhecimento. Ninguém conhece o aluno a partir da nota. Professores devem formar estudantes autônomos, críticos, participativos; esses devem ser os objetivos de uma escola que busca a educação integral “, afirmou.
Valderez aposta em modelo de ensino por construção, avaliação formativa e a indissociabilidade entre ensino, aprendizagem e avaliação. Para ela, outro aspecto importante são as avaliações focadas em alunos com necessidades educacionais especiais. “A avaliação deve ser a mesma, formativa, pois as práticas educacionais não excluem a inclusão”, declara.