UMBRASIL e ANEC coordenam debate sobre os desafios da educação inclusiva no Brasil
A União Marista do Brasil (UMBRASIL), com apoio da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), promoveu nesta quinta-feira (22), mais uma edição da série “Diálogos Prospectivos Brasil Marista”. O projeto consiste em promover debates sobre diferentes temáticas presentes no cenário brasileiro e o lugar das instituições do Brasil Marista diante destes contextos, contribuindo com o planejamento de ações futuras na atuação interna da instituição e na formulação de políticas públicas.
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, e se constitui em um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, conjugando igualdade e diferença como valores indissociáveis, e avançando em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão, dentro e fora da escola. Buscou-se, portanto, trazer o diálogo entre educadores e gestores educacionais sobre o movimento inclusivo e as mudanças que ele exige à sociedade e às instituições de ensino para que acolham crianças, adolescentes e jovens em sua inteireza e integralidade, isto é, com suas diferenças e com aquilo que os tornam iguais.
O debate contou com a participação da Professora Iêdes Soares Braga, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação. A Coordenadora-Geral da Política de Acessibilidade abordou a questão da inclusão a partir dos três eixos que pautam a Política Nacional na Perspectiva da Educação Inclusiva: Participação, Acessibilidade e Aprendizagem. “Educação Inclusiva é mais que um projeto escolar ou propaganda pedagógica e exige mais que organização de infraestrutura e recursos especiais. Ela é uma mudança atitudinal que será efetivada somente quando houver processo de desenvolvimento da escola como um todo para proporcionar aos estudantes educação de qualidade”, ponderou.
Na sequência, a Professora Olga Freitas, Especialista em Educação Especial e Inclusiva, iniciou sua exposição trazendo o seguinte questionamento: Uma escola para todos é possível? Para ela, a resposta a essa questão deve se pautar em três pontos para reflexão e mudanças: a eliminação das barreiras atitudinais; a formação continuada de gestores, docentes e demais profissionais da educação e a reorganização do trabalho pedagógico. Para a pedagoga, “Muitas vezes, de forma equivocada, consideramos que só há um tipo de aprendizado, esquecendo-nos das diversidades, das necessidades individuais, das potencialidades, dos diferentes estilos cognitivos. É necessária a preparação da escola e do profissional para desenvolver melhores estratégias pedagógicas e atendimento especializado ao estudante com necessidades educacionais especiais.”
O debate foi mediado por Liliana Regina Ramos, membro do GT de Assessores da ANEC e contou com a participação da Comissão de Educação Básica da UMBRASIL. Em breve o vídeo do evento será disponibilizado na página da UMBRASIL no YouTube.